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MINHA HISTÓRIA

Sou Obstetra formado pela UNESP de Botucatu (CRM 107.775), descobri no parto uma grande paixão, com visão holística e humanista, acredito que o parir e nascer naturalmente é a nossa expressão mais humana.

 

Mas esse é só o resumo.

A minha história e trajetória até o universo do parto é bem mais complexa.

Na realidade, o parto não é só minha paixão, 

é uma espécie de redenção.

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Eu nem sempre quis ser obstetra. O meu sonho sempre esteve com o futebol.

Desde pequeno sonhava em ser jogador, ir para a seleção. Vivia e respirava isso.

Cheguei a jogar… Joguei por um bom tempo, eu era bom, mas a minha condição física estava um poco aquém para um atleta de ponta, que para atuar profissionalmente nos campos, faz diferença.

 

Dois fatores marcaram esse meu destino: 

Um é que nasci no final de dezembro, o que me colocava sempre nos grupos de jogadores um ou dois anos mais velhos. 

 

Outro fator, que é o mais agravante, foi ter nascido de cesárea, uma cesárea planejada sem tentativa de parto normal, ou seja, eu não estava maduro, mesmo que fosse por um dia. E as sequelas dessa falta de maturidade, pequenas, que não incapacitam a vida e muitas vezes são imperceptíveis, impediram de me tornar um atleta de ponta, justamente por conta do sistema cardio-respiratório. Quando se nasce com esse sistema imaturo, é impossível corrigir.

 

Esse meu sonho impedido de ser jogador me levou para a medicina.

Agora eu seria médico da seleção!

Mas um estágio no início do 5º ano de universidade mudou minha trajetória. Naquele dia eu deveria assistir a um parto. Foi um parto normal, tradicional, com todas as 

intervenções de praxe. Contudo, ao ver aquela parturiente fazer força e de repente vir um bebê, mudou a minha vida. Era óbvio, mas eu pensava “como assim, um bebê sai vivo e perfeito de dentro de uma mulher?”. Parecia um milagre, era um milagre, o da vida. Liguei para minha mãe chorando, e assim como eu, ela soube, eu seria um obstetra.

 

A partir daquele momento minha residência era em obstetrícia, e eu, pró parto normal.

 

As intervenções não me pareciam corretas, era feeling. E foi ainda na residência que tive contato com o mundo da humanização e, naquele momento tive a certeza que era essa minha linha.

 

Para complementar a minha formação, fiz ultrassonografia, um estágio de 2 anos em 

cirurgia oncológica e ginecológica e um curso de vídeo laparoscopia no Sirío Linabês. Mas a minha atuação é voltada à obstetrícia exclusivamente. Atendimentos, pré-natal e partos.

 

Eu não tenho filhos, mas sou uma pessoa empática, e não só, como todo ser humano, eu nasci. Eu fui um feto extraído por uma cirurgia e sofri as consequências desse procedimento. Essa é uma das razões da minha luta pelo respeito ao tempo natural dos bebês ao nascer e das mulheres ao parir.

O universo do parto me escolheu. Me tomou de corpo e alma. Vivo, respiro e me apaixono mais e mais a cada nascimento, a cada empoderamento feminino.

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MINHAS ESTATÍSTICAS

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